As aventuras do pequeno Hector e seu perigoso trabalho de minerar asteroides.
A Estrela Cadente foi totalmente feito com miniaturas, inteiramente produzido por uma pessoa, o diretor e roteirista Gio Vieira, que cuidou de cada passo da produção e fez uso extensivo de material reciclado.

Era pra ser apenas um teste
A ideia inicial deste filme veio no final da produção do “The Gapvoid”, onde Gio tinha ideias para um “Gapvoid 2”.

Porém, algumas dessas ideias eram bem desafiadoras (como um vasto campo de asteroides) e ele ficou na dúvida se conseguiria executar todas elas com os poucos recursos de que dispunha. Então ele teve a ideia de criar uma outra história menor, mais simples, onde pudesse testar essas técnicas.

Assim nasceu uma pequena história envolvendo um robozinho minerando asteroides. Mas com o passar do tempo, à medida que o personagem amadurecia, essa história acabou ganhando corpo e vida própria.

“Chegou uma hora que não dava mais pra ver aquela história como apenas um teste técnico para um Gapvoid 2. Eu tive que assumir que seria uma história completa e encarar como tal.”, diz Gio Vieira.
  • Desenho original do Hector
  • Desenho original do campo de asteroides
Isolamento
Porém, ele não conseguiu produzir este filme na época e acabou ficando na gaveta por um bom tempo. Alguns anos depois veio a pandemia de Covid 19 e o isolamento. Com isso não era possível reunir equipe para produzir outros filmes que ele e seus amigos estavam planejando.

“Era um projeto pensado para ser feito com miniaturas e como eu teria que construir todos aqueles objetos, tinha tudo para ser um projeto solo. Além de ser uma maneira de manter a mente ocupada em um período tão tenebroso como foi a época da pandemia.”

Tamanho faz diferença
O primeiro desafio foi definir a escala do personagem principal. Porque seria preciso fazer o personagem e um cenário para ele habitar. Se o personagem fosse muito grande, o cenário também deveria ser grande, o que acaba gerando problemas de logística. Se fosse muito pequeno, seria muito difícil de fazer detalhes, filmar e manipular o boneco. Então, ele chegou em um tamanho para o boneco de aproximadamente 15 cm. O menor tamanho que ele conseguiria filmar e manipular sem perder a qualidade e ainda ter a facilidade de guardar e transportar.

Pronto para filmar.
Lixo para uns, nave espacial para outros
Quase todos os objetos que aparecem em cena foram feitos com material reciclado. A nave do Hector, por exemplo, é um cartucho de impressora usado com detalhes colados nele. A garra era uma caixa de som estragada com pedaços de placas de plástico presas com parafusos. O próprio Hector é feito com diversas partes que iriam para o lixo, como embalagens de remédio, lente estragada, canudos, fios, embalagem de desodorante, etc.

Cartucho de impressora com coisas coladas + uma pintura sugestiva = nave espacial.
Segundo Gio Vieira “Esses objetos de cena feitos com material reciclado viram uma espécie de escultura, um objeto único, que não dá pra ser reconstruído novamente, porque são feitos de peças aleatórias.”

Poucos elementos não foram feitos com material reciclado, como por exemplo o monitor que fica atrás do personagem. Este monitor era na verdade o celular do diretor rodando uma gif animada.

Quem viu, adorou
O filme foi extremamente bem recebido por onde passou, ganhando inclusive o prêmio de melhor filme brasileiro no Fantaspoa, que é considerado o maior festival de cinema fantástico da América Latina. O filme ainda não está online devido a estratégias de lançamento, mas você pode conferir o trailer no início desta página.
  • Cenas do filme
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Participação em Festivais
Saiu na imprensa

A Estrela Cadente
Hector - criação e manipulação Gio Vieira
Fotografia Gio Vieira
Miniaturas e efeitos visuais Gio Vieira
Edição Gio Vieira
Som Gio Vieira
Sons em domínio
público por
Freesound.org
Música Borodin
Beethoven
Tchalkovsky
Mussorgsky

Músicas em
domínio público
por musopen.org
Escrito e dirigido por Gio Vieira
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